6 de dezembro de 2008

A casa do meu amor...
No topo mais alto entre as montanhas e as folhas secas de outono.
Uma modesta choupana com o teto encoberto pelos flocos de neve. Por entre as vidraças vê-se o fogo aceso na lareira. Oh, como anseio por chegar a ti! E quando eu entrar pela porta, lá estarás, sentado, tuas pulseiras tribais adornando os pulsos, teu brinco reluzindo à luz da fogueira, olhos voltados ao teu violão escorado em tuas pernas, compondo. Concentração tamanha que nem ouve meus passos cegos pela sala. Mas, como que por instinto, parece que sentes a minha presença, meu cheiro. Ah, quando olhas no fundo dos meus olhos, parece despir-me por completo... meu coração acelera, perco os sentidos. E dessa vez não poderia ser diferente. Cada movimento que tu faz pra levantar de onde está sentado parece ser tão leve, parece que você brinca com o ar... E o abraço, tão desejado por mim, enfim, acontece. Ah, em teus braços me perco... sinto as batidas do teu coração pulsando em meu rosto. E as lágrimas, que há tempos pendiam em meus olhos, não aguentam... caem como as folhas de outono... É no teu peito que eu me sinto protegida, esqueço do mundo. Mergulhados na imensa esfera da nossa ardente paixão, o mundo lá fora evapora, as roupas secam no varal e o vento bate nos galhos secos... ETERNIDADE... ao teu lado...

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