16 de outubro de 2010

Au revoir

Gato, vou te mandar a real:
Você faz esse pop rock afanado
Dizendo que é rock'n'roll do caralho
Passa Grecyn 5 no cabelo
Tentando esconder o grisalho
Cita Voltaire, crente que é Moliére
Achando que eu não vou perceber
Diz que não sabe se vem
Mas sempre acaba aparecendo
Cantando uma serenata manjada
Que é pra ver se eu acabo cedendo
Mas um dia que eu não saí na janela
Tu foi embora, sem dó
Deixou no meu coração um talho
Me transformei em pó...

(...) Desde que tu foste
Fiz todo tipo de loucura
Fumei orégano, injetei gasolina
E a culpa é toda tua!
Cortei o cabelo meu
Que batia nos joelhos
Deixei ele tão curto, na nuca
Fiquei com cara de moleque
E a culpa é toda tua!
Mas o dia pior foi quando eu descobri
Que tu desposara outra...

(...) Pra que fazer isso comigo?
Raul Seixas já dizia
"Se eu te amo e tu me amas
Um amor a 2 profana"
Por que a outra?
E eu chorei, chorei, morri
Mamãe falava "ele vai voltar"
Enquanto eu loucamente gritava:
Baby, baby, you're all I need...

(...) E um dia, Voltaire voltou -tarde demais!
Baby, to em outra já
E nem tenta cantar teu pop rock desgraçado
Vou lá pro Tio Remi
Curtir um rock'n'roll do caralho
Au revoir, "cherrié", c'est fini!