Eu devo ter nascido desfrutável em outra existência
Mulher perversa, ardilosa, Iara, maligna
Hoje me castiga a vida com amores platônicos
Hera, Eco, Medea, Iansã, volúvel, Dalila
Ninguém vê que malvado mesmo é Cupido
Sai à toa atirando suas flechas cegas e arrogantes
Faz eu amar você, que ama outrém, que ama ninguém
E assim segue a dança perversa de amores errantes
Num tiro reverso, ainda te acerto, Cupido
Vais deixar de armar tuas ciladas ardilosas
Compelindo almas inocentes às humilhações do amor
Amor não correspondido machuca, nem sempre tem tom de rosa.
8 de janeiro de 2018
Amarguras de algodão
De que te adianta
Lábios doces de mel
Olhos da cor do céu
Se tua boca só cospe fel
Mas é que a moça teve o coração repicado como um papel
Hoje esconde a tristeza por debaixo do véu
Eu te entendo, criança, o mundo é um lugar cruel
Entrega tua dor embora, que vou te pintar a felicidade com um pincel
Abre as janelas da tua alma...
Lábios doces de mel
Olhos da cor do céu
Se tua boca só cospe fel
Mas é que a moça teve o coração repicado como um papel
Hoje esconde a tristeza por debaixo do véu
Eu te entendo, criança, o mundo é um lugar cruel
Entrega tua dor embora, que vou te pintar a felicidade com um pincel
Abre as janelas da tua alma...
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