30 de dezembro de 2008


Dançar é desenhar o mundo na ponta dos pés. É criar um universo particular, libertar-se, descobrir-se. Saber que lá no seu íntimo algo grita, cantando que enfim alcançou a tão sonhada liberdade.

26 de dezembro de 2008

Um dia de chuva

Cai chuva límpida
Transparente como cristal
Leva embora minhas dores
Molha as flores no quintal

Pela manhã
Gotas de orvalho
À noite
Sereno molhado

24 de dezembro de 2008

O REENCONTRO

Fico imaginando como será. Cada passo milimetricamente calculado...

Se estiver chovendo
O guarda-chuva terei que levar
Se for frio
O casaco deverei usar
(mas ele não vai combinar ¬¬)

Se for de manhã
O sol há de nos esquentar
Se for à noite
Ah, a lua nos inspirará

Se chegar atrasada
Uma desculpa terei de inventar
Se chegar adiantada
Sozinha terei que esperar

Se tentar me beijar
Devo eu me esquivar?
Se pedir pra voltar
Devo eu recusar?

Se admitir que estava errado
Por que não perdoar?
Se me pedir em casamento...
Ah não, nem pensar!

E para encerrar,
Quando o (re)encontro acabar
Nunca mais vou te procurar
Mas ao menos seus lábios quero beijar.

"This is the end
I'll never look into your eyes... again."

Sem dúvidas, ficou um poema de extremo mal gosto. Mas apenas para relembrar os velhos tempos...

22 de dezembro de 2008

E quando eu aprendi a voar... Confesso que foi como estar voando.

17 de dezembro de 2008

Se eu tivesse uma borboleta colorida
Vermelha, amarela e preta ela seria.
Teria asas azuis de voo suave
Olhos cinza de aguda agonia.

Perfídia a sua graça!
Não há mais como voltar para casa.
Aqui ela se entrega, sangra, padece.
E no céu (Ah, o céu), se desfalece.

11 de dezembro de 2008

Amargo infortúnio. Conviver com a dor das palavras não ditas, lágrimas não derramadas, sangue por todos os lados. O abraço que guardei pra mim. O sorriso que sucumbiu à mudez da minha alma. A dor pela despedida incerta. O medo de dizer frases ao vento. A culpa, a culpa, A CULPA! O receio é tão maior... Sufoca-me, consome aos poucos. O receio de que as garras afiadas do tempo separem aquilo que é luz, aquilo que é prosa: Amizade!

8 de dezembro de 2008

Falar de música é tão bom quanto ouvi-la. Mas apenas ouvi-la não basta. É preciso sentir a música pulsando em cada artéria do teu corpo, é preciso entrar na música, "decodificá-la", é necessário estar em total sintonia com a melodia. Música é o remédio da alma solitária. Não há nada mais prazeroso do que ligar o rádio e deixar a música tocar, tocar, tocar até que você seja música, até você aspirar música, até você estar completamente mergulhado numa esfera "musicalística" deliciosa.
Música é muito mais que somente música. É essência. É silêncio. É arte. E somente os amantes da real música sabem que isto é verdade simples e pura.
Música: eternamente essência da alma.
VIDA LONGA AO ROCK N' ROLL!

6 de dezembro de 2008

A casa do meu amor...
No topo mais alto entre as montanhas e as folhas secas de outono.
Uma modesta choupana com o teto encoberto pelos flocos de neve. Por entre as vidraças vê-se o fogo aceso na lareira. Oh, como anseio por chegar a ti! E quando eu entrar pela porta, lá estarás, sentado, tuas pulseiras tribais adornando os pulsos, teu brinco reluzindo à luz da fogueira, olhos voltados ao teu violão escorado em tuas pernas, compondo. Concentração tamanha que nem ouve meus passos cegos pela sala. Mas, como que por instinto, parece que sentes a minha presença, meu cheiro. Ah, quando olhas no fundo dos meus olhos, parece despir-me por completo... meu coração acelera, perco os sentidos. E dessa vez não poderia ser diferente. Cada movimento que tu faz pra levantar de onde está sentado parece ser tão leve, parece que você brinca com o ar... E o abraço, tão desejado por mim, enfim, acontece. Ah, em teus braços me perco... sinto as batidas do teu coração pulsando em meu rosto. E as lágrimas, que há tempos pendiam em meus olhos, não aguentam... caem como as folhas de outono... É no teu peito que eu me sinto protegida, esqueço do mundo. Mergulhados na imensa esfera da nossa ardente paixão, o mundo lá fora evapora, as roupas secam no varal e o vento bate nos galhos secos... ETERNIDADE... ao teu lado...

5 de dezembro de 2008

E quando eu morrer, Nave-Mãe eu imploro, por favor, me deixe na casa do meu amor.

1 de dezembro de 2008

É Natal!

E então... chega o natal. Abençoada seja a única data que reúne a família em volta da mesa para cear. Abençoada seja a única data que faz nossa solidariedade aflorar (ou não!?). É tudo tão lindo, tão, tão... tão MÁGICO! Porém, o que era pra ser um momento de amor e solidariedade, tornou-se uma insaneidade capitalista. Lojas lotadas, trânsito congestionado, centenas de acidentes nas estradas e... bolso vazio no final do ano. Tudo (ou quase) por causa daquele velho gordo à quem chamam "Papai Noel"! Maldito seja teu nome, bolo fofo! Tudo uma farsa criada pelo comércio, com o único intuito de vender. E tal farsa foi minha crença durante 9 longos anos. E as crianças pobres que ficam a noite inteira à espera do bola 8? Talvez o natal seja uma das únicas datas do ano em que elas comem, já que milhares de "papai noel" passam distribuindo balas e vários outros doces. Deveriam distribuir junto uma escova de dentes!
E, no final de 2008, cometa novamente as mesmas insaneidades natalinas: comprar, comprar e comprar. E... Ah! Não esqueça a decoração da sua casa. Talvez, seja a única coisa que restou de nossas almas para oferecer no natal: uma carcaça ricamente adornada.
FELIZ NATAL!